O economista Francisco Rodrigues apareceu na minha vida num dos meus piores momentos. Eu estava “atolada” em consignados. Estressada, angustiada, não dormia, não vivia.
Uma amiga muito querida assistiu a uma palestra do Francisco, no SESC, e foi sorteada com uma visita dele para consultoria. Eu estava tão triste e desesperada que essa minha amiga resolveu me repassar o “brinde”. Foi o presente mais útil e amoroso que eu poderia receber naquele momento.
Liguei para o Francisco e ele pediu que eu separasse contracheques, extratos, contas. Pensei: Meu Deus, o que estou fazendo? Contratando alguém para “puxar minhas orelhas” e aumentar ainda mais a sensação de culpa que vinha me tirando o sono há meses?
Segui, e eis que chegou o dia da tal visita. Eu estava absolutamente envergonhada. Não entendia o porquê de eu ter chegado àquela situação de tantas dívidas, e não tinha a mínima ideia de como eu iria conseguir sair dela.
Francisco veio como um bálsamo. Segurou nas minhas mãos e me pediu: “Vamos, pense, responda aqui nesta coluna: como e onde você quer estar daqui a cinco anos?”
Meu Deus, há muito tempo eu não sonhava. Só me culpava.
Francisco me mostrou o tanto que eu era forte, e não uma perdulária inconsequente, como eu vinha me sentindo.
A partir daí, me entreguei ao “tratamento”. Mapeamos a dívida, definimos o que podia ser “cortado” e o que não podia, planejamos. Critérios objetivos, mas humanos. Afinal, a certeza era de que eu sairia daquela situação inteira, e perfeitamente capacitada para não cair nela de novo.
E foi o que aconteceu, depois de alguns meses.
Fácil não foi, confesso. Foram necessárias muitas adaptações, envolvendo outras pessoas, inclusive, que eu ajudava, sem poder. Enfim. Mas o resultado positivo veio até antes do esperado. Francisco me devolveu a dignidade.
Só Deus para te abençoar, Francisco.
Parabéns por esse seu trabalho de resgate (de vida).
Muita gratidão. (Kátia Rivana – Servidora Pública Federal)